Humberto Martins defende Judiciário mais ágil e próximo do cidadão no evento GPS|Poderes

Justiça social começa com segurança jurídica.

Humberto Martins defende Judiciário mais ágil e próximo do cidadão no evento GPS|Poderes
Humberto Martins defende Judiciário mais ágil e próximo do cidadão no evento GPS|Poderes

Gps|poderes - 21/06/2025 19:05:38 | Foto: Celso Júnior - GPS|Poderes

Ministro do STJ propôs cultura de diálogo e métodos extrajudiciais como caminho para destravar o Brasil.

Durante a segunda edição do GPS|Poderes, realizada nesta semana em Brasília, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, defendeu uma profunda transformação no sistema judiciário brasileiro. Para ele, a modernização da Justiça passa por um compromisso real com humanização, eficiência e acesso — com foco especial em métodos alternativos de resolução de conflitos, como a conciliação e a mediação.

Com o tema “Destrava Brasil”, o magistrado foi o principal palestrante da noite e destacou a necessidade de construir um Judiciário mais célere, justo e conectado às necessidades reais da população. “A justiça que se afasta da sociedade se deslegitima. O nosso dever é aproximar o cidadão do Estado e transformar conflitos em soluções construtivas”, afirmou Martins.

Ao tratar das possibilidades extrajudiciais, Martins mencionou a Lei 14.112/2020, que passou a permitir conciliação prévia em processos de recuperação judicial. Segundo ele, essa alternativa representa não apenas uma saída legal, mas uma estratégia de resgate econômico e social. “Quando uma empresa se recupera pelo diálogo, ela mantém empregos, paga fornecedores e movimenta a economia. O objetivo final não é litigar, é preservar a paz, inclusive no ambiente empresarial”, disse.

Justiça social começa com segurança jurídica

Outro ponto central da palestra foi o alerta sobre o impacto da morosidade judicial na economia brasileira. Para o ministro, insegurança jurídica e lentidão nos processos são entraves diretos ao desenvolvimento nacional. “Não há justiça social onde reina a instabilidade econômica. A previsibilidade jurídica é um direito do cidadão e um pilar do progresso”, frisou.

Martins também reforçou que o poder não pertence às instituições, mas à população. “Os juízes são apenas instrumentos. O verdadeiro dono do poder é o povo brasileiro.”

O ministro encerrou sua fala com um apelo por uma mudança cultural no país. “A paz não pode ser apenas um conceito bonito nos discursos. Ela precisa se tornar prática cotidiana — no Judiciário, na política, nas ruas, nos lares. O Brasil precisa parar de romper e começar a reconciliar.”

Evento de peso institucional

O GPS|Poderes reuniu cerca de 350 convidados, entre autoridades, lideranças do setor produtivo e representantes da sociedade civil, em uma noite que aliou conteúdo jurídico, articulação institucional e hospitalidade.

Entre os presentes estavam os ministros Antônio Saldanha Palheiro (STJ) e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha; além do procurador-geral de Justiça do DF, Georges Seigneur; o deputado distrital Gilvan Máximo; e os magistrados Leonardo Bessa, Fábio Esteves, Rossifran Souza e integrantes da Anamatra. Também marcaram presença nomes da advocacia nacional como Liliane Carvalho, Alexandre Jobim, Fernanda Borges, Marcelo Sedlmayer e Eduardo Toledo. Políticos como o ex-senador Romero Jucá e o ex-ministro Pimenta da Veiga também prestigiaram o encontro.

Ao final, foi exibida a nova campanha institucional do GDF em parceria com a Secretaria da Mulher, voltada ao combate à violência doméstica.

Com duas edições de sucesso, o GPS|Poderes já tem nova data marcada: agosto de 2025. O projeto, promovido pelo Grupo GPS de Comunicação, vem se consolidando como uma plataforma de diálogo estratégico entre os Três Poderes, o setor produtivo e a sociedade, com foco em debates propositivos e escuta ativa.

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